pensamento

"Conduzimos o corpo para falar somente o que pensamos, mas ele pode e deve ser usado para falar daquilo que sentimos. O coração dá ritmo ao movimento. Movimento é vida e vida é sentimento que a razão insiste em explicar, mas no mar das emoções onde habita a alma, as palavras não têm acesso". (Rosana Elias)

sábado, 19 de julho de 2014

Somente dance

Dia desses, estava revendo os vídeos de Fifi Abdo e que me perdoem aqueles que a consideram repetitiva no passos, pobre tecnicamente, vulgar. Para mim, ela é uma grande fonte de inspiração. Sabe por quê? Porque  sua dança é simples e espontânea.

Acredito que a dança do ventre está carregada de simbolismos desnecessários como o "despertar da deusa interior", "libertação da mulher", "transformação total e absoluta do ser", ideias tão completas e inatingíveis que tornam a dança sufocante. O mesmo acontece quando se quer intelectualizar demais o movimento através da preocupação excessiva com a técnica que padroniza o gesto e das competições que rotulam o artista.

Não estou dizendo que o estudo é prescindível. Seria muita leviandade  minha achar que só a emoção governa a dança. Bailarinos sabem que são forjados por aulas. Quanto mais conhecimento o bailarino  adquire, melhor consegue se expressar e quanto mais ele apreende da vida, indo além das fronteiras de seu território dançante, mais próximo chega do "ser artista". Isso é fato !
Contudo, eu vejo danças arrogantes voltadas para a execução do passo, do braço perfeito, do sorriso coreografado, da sensualidade obrigatória, do figurino reluzente. Tudo muito bem preparado e chato.

Por isso que fui até Fifi para observar a dança pela dança. Danço porque gosto e ponto. Sei desse jeito e ponto. Não quero transformar nada tampouco despertar divindades. Não sou deusa, sou humana e isso basta.Ouço a música e isso basta. O simples é revolucionário!






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